segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

...”A história de Pitanga contada em detalhes”...


No ano de 1844, existem relatos de que já haviam-se passados várias famílias de várias nacionalidades pela terras que hoje chamamos de Pitanga.
“Antonio Manoel de Abreu e sua esposa Rita Maria de Cássia, já diziam, antes mesmo da chegada dos irmãos Caillot, que aportaram na região no ano de 1847, que possuíam uma possessão de terras lavradias e logradouros de faxinais no lugar córrego da Imbuia ou Mato Dentro, confinando com o Rio Leão Francisco e suas cabeceiras em linha reta ao espigão dividindo com terrenos nacionais e Serra do Ivaí a procurar o São Francisco, que houveram por posse, venderam a Antonio Manuel Caetano. Em 29 de dezembro de 1844 foi lavrada outra escritura onde Antonio Manoel Caetano disse que alienou uma pequena parte de matos, ranchos e suas benfeitorias, sitos no lugar denominado Córrego da Imbuia, não declarando seus limites. Em 25 de maio de 1853 Antonio Manuel Caetano teria vendido o imóvel para Carlos José de oliveira”.
Chegando cinqüenta anos depois, “José Paula Freitas, Manuel Martimiano de Freitas, Euclides Ribeiro de Almeida, Joaquim José Buquera, Joquim Aires de Araújo Jacques, Francisco Ribeiro Martins, Marcelino José de Carvalho, Veríssimo Maximiliano Machado e José Amaral dos Santos, cadastraram área no lugar Marrequinha, começando na serra onde se encontrava o Rio Marrequinha seguindo por este abaixo até sua barra no Ivaí, daqui seguindo pelo Rio Ivaí abaixo até encontrar o salto do Ubá, seguindo do salto a rumo do sul até encontrar a serra, seguindo pela serra até encontrar o rio Marrequinha”.
No ano de 1897, após a revolução Federalista que ocorreu no ano de 1893, Antonio Leonel Ferreira entre outros, vindos de São Paulo e Minas Gerais e se estabeleceram nas margens do Rio Batista, (nome do rio qual este foi dado em homenagem a José Batista), chamado de José Martins de Oliveira, que veio juntamente com sua família e João Luis Pereira, construíram a primeira cabana às margens do Rio Pitanga, batizado anos depois como Rio Batista em sua homenagem.
No ano de 1906, pelo o que se consta, foi aberto uma estrada entre Pitanga e Campo Mourão, o qual era um caminho muito precário.
Por volta de 1916 estavam sempre chegando a Serra da Pitanga colonos e imigrantes provenientes de várias regiões do estado. Dois anos antes, em 1914, vieram do Rio dos Patos (Prudentópolis) e Palmeira, Albino Pedro Hey, Adão Schön, José Schön, João Berger e Bernardo Bassani; em 1916 de Irati; em 1917 de Prudentópolis e Teixiera Soares, em 1918 de Prudentópolis.
Manuel Mendes Camargo, comerciante em Guarapuava, abriu a primeira casa comercial em Pitanga, no ano de 1918, Generoso Walter e Nicolau Schön também possuíam casas de comércio no povoado. Cerca de duas décadas depois a esposa de Generoso Walter, Sra. Alvina Bassani Walter, especificamente no ano de 1937, foi nomeada a primeira atendente de correio na cidade de Pitanga.
O decreto nº. 418 de 15 de maio de 1922, restabeleceu o distrito policial de Pitanga.
No fim do mês de março do ano de 1923, a população que habitava a cidade de Pitanga, os índios das aldeias que povoavam a cidade começaram a invadir casa e paiós na ausência dos proprietários e depois resolveram a atacar a Pitanga. Os moradores foram avisados e decidiram fugir em carroções para a cidade de Guarapuava, ficando apenas a família de Manoel Alves Lourenço, Fernando Malko, Ataíde Ferreira, Emilio Lanzmann e Gil Vaz Camargo.
No dia 05 de abril do mesmo ano, os índios invadiram o povoado saqueando principalmente estabelecimentos comerciais, e em algumas horas depois já estavam todos bêbados, fazendo algazarra, inclusive dançando dentro da capela Sant’Ana. Manoel Lourenço, gerente da casa comercial de Generoso Walter, viu que a única solução era fugir. A família, sua mulher Geraldina grávida e seis filhos menores foram na frente, e ele atrás para garantir, mais foi alcançado pelos índios na saída do povoado onde foi morto. Sua mulher ouvindo os gritos voltou em socorro, mas foi degolada e teve o feto arrancado da barriga, e mais quatro filhos maiores foram mortos, os dois menores escaparam.
Emílio Lanzmann, Ataíde Ferreira e Fernando Malkom ao ouvir os gritos dos índios e das vítimas, acudiram em socorro, mas já era tarde de mais. Então estes foram até o povoado, deram alguns tiros nos índios que estavam na capela, mataram os líderes, mas como eram minoria, retiraram-se, e depois se separaram, tendo Emílio morto na fuga, amarrado pelos pés a uma árvore, degolado e castrado.
Dulcidio Rocha Caldeira, comerciante e delegado de polícia na Pitanga, estava vindo de Curitiba, de onde trazia ordens do chefe de polícia do estado, encontrou no meio do caminho moradores fugitivos, mas, nenhum quis voltar com ele. Acompanhado então do escritor, agrimensor e sertanista Carlos Alberto Teixeira Coelho Júnior (mais conhecido como Coelho Júnior), que deixou um relato do ocorrido, chegou ao local denominado Carazinho, onde pernoitaram na casa do colono e negociante Alberto Denega, onde Dulcídio conseguiu armar vinte homens e seguiu pelas cinco léguas em direção à Pitanga, encontraram no caminho o corpo de Emílio e mais adiante os da família de Manuel Lourenço e os dois filhinhos sobreviventes, Abel e Anita, escondidos atrás de uma tora de pinheiro; (segundo relatos as duas crianças ficaram escondidas dois dias atrás da tora). Então Dulcídio e os seus homens atacaram os índios que estavam na capela e obrigarão a retiraram-se em direção ao rio Ivaí. Dulcídio aumentou o seu grupo garantidor, que era mais de sessenta homens.
Os colonos que fugiram haviam chegado em Guarapuava, inicialmente Bernardo Bassani, mas não foi levado a serio pelas autoridades locais, o que atrasou o envio de auxilio. Só acreditaram quando chegaram as outras pessoas fugitivas nos carroções.
Aos poucos, tempo depois, os colonos foram voltando para Pitanga. Coelho Junior combinou com Dulcídio Caldeira o inicio e a organização da colônia, demarcando os lotes.
Em 07 de fevereiro de 1924 foi instituído um decreto, de nº. 128, o qual estabeleceu as terras dos índios coroado, partindo das proximidades do Salto do Ubá no Rio Ivaí, até as cabeceiras do arroio da Ariranha e daí por uma linha seca com o rumo SE 23º50’ até encontrar o rio Marrequinha, por este abaixo até a confluência do rio Ivaí, descendo este até as proximidades do Salto do Ubá, onde foram iniciadas as respectivas linhas perimétricas, que consistia em uma ares de 37.045ha.
A partir do ano de 1925 começaram a ser expedidos os títulos de terras pelo estado. Na Serra da Pitanga, Miguel Schefer e outro em 20 de maio de 1925; 335,45ha para Miguel Hulek em 5 dezembro de 1925; 541,5ha para Feliciano Antunes da Costa em 31 de março de 1927; 221,8ha para José Mendes dos Santos em 15 de dezembro de 1927; 501,98ha para Augusto Schon em 13 de fevereiro de 1928; Miguel Kolokatei em 8 de julho de 1928; 228,6ha para Eduardo Janinski em 31 de dezembro de 1928. Na Borboleta: 1.165,83ha para Albino Pedro Hey e Gustavo Inácio Hey de 31 de agosto de 1925, entre outros.
No ano de 1930 o tenente Lima Figueiredo passou por Pitanga, dizendo que era um povoado com cerca de umas vinte casas espalhadas assimetricamente e que a importância de Pitanga residia na quantidade formidável de erva mate que produzia.
Em 15 de dezembro de 1933 foi criada a Paróquia de Pitanga sob a invocação de Sant’Ana. Padre Paulo Tschorn veio a cavalo de Guarapuava para rezar missa em ação de graças pela criação da dita Paróquia. O primeiro batizado registrado em Pitanga foi em 02 de maio de 1934, ocorrido no oratório de Marrequinha.
No dia 30 de dezembro de 1943, através da lei nº 199, Pitanga foi elevada à categoria de município com o território dos distritos de Pitanga, Campo Mourão, parte de Goioxim e Catanduvas do Município de Guarapuava; pela mesma lei foi elevada no termo e comarca. A instalação do município deu-se a 1º de janeiro de 1944 e a da comarca em 19 de abril de 1944.
Hoje celebramos seu aniversário em 28 de janeiro.

6 comentários:

  1. Olá, meu tataravô, é Manoel Alves Lourenço, estou tentando fazer a arvore genealógica da minha família, mas necessitava de mais informações sobre Pitanga, você poderia me ajudar?? por favor entrar em contato
    arthur.lima.cwb@hotmail.com

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    1. Seu sobrenome é lima ? Vc é parente dos limas de Cândido de Abreu

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  2. Olá. Se eu não estou enganada Augusto Schön é meu tataravô, pai de Nicolau meu bisavô, pai de Herculano Schön, meu avô e pai do meu pai Cleon Schön.

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  3. Olá. Se eu não estou enganada Augusto Schön é meu tataravô, pai de Nicolau meu bisavô, pai de Herculano Schön, meu avô e pai do meu pai Cleon Schön.

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  4. Olá! Você teria mais alguma informação a respeito da família Caillot? Caso tiver, por favor entrar em contato: laurencaillot2013@gmail.com

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  5. Oi ,alguma informação sobre a família Batista?

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