terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Nossa cidade....

O ar puro de uma cidade do interior....

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009



Primeiro aniversário da cidade de Pitanga

...”A história de Pitanga contada em detalhes”...


No ano de 1844, existem relatos de que já haviam-se passados várias famílias de várias nacionalidades pela terras que hoje chamamos de Pitanga.
“Antonio Manoel de Abreu e sua esposa Rita Maria de Cássia, já diziam, antes mesmo da chegada dos irmãos Caillot, que aportaram na região no ano de 1847, que possuíam uma possessão de terras lavradias e logradouros de faxinais no lugar córrego da Imbuia ou Mato Dentro, confinando com o Rio Leão Francisco e suas cabeceiras em linha reta ao espigão dividindo com terrenos nacionais e Serra do Ivaí a procurar o São Francisco, que houveram por posse, venderam a Antonio Manuel Caetano. Em 29 de dezembro de 1844 foi lavrada outra escritura onde Antonio Manoel Caetano disse que alienou uma pequena parte de matos, ranchos e suas benfeitorias, sitos no lugar denominado Córrego da Imbuia, não declarando seus limites. Em 25 de maio de 1853 Antonio Manuel Caetano teria vendido o imóvel para Carlos José de oliveira”.
Chegando cinqüenta anos depois, “José Paula Freitas, Manuel Martimiano de Freitas, Euclides Ribeiro de Almeida, Joaquim José Buquera, Joquim Aires de Araújo Jacques, Francisco Ribeiro Martins, Marcelino José de Carvalho, Veríssimo Maximiliano Machado e José Amaral dos Santos, cadastraram área no lugar Marrequinha, começando na serra onde se encontrava o Rio Marrequinha seguindo por este abaixo até sua barra no Ivaí, daqui seguindo pelo Rio Ivaí abaixo até encontrar o salto do Ubá, seguindo do salto a rumo do sul até encontrar a serra, seguindo pela serra até encontrar o rio Marrequinha”.
No ano de 1897, após a revolução Federalista que ocorreu no ano de 1893, Antonio Leonel Ferreira entre outros, vindos de São Paulo e Minas Gerais e se estabeleceram nas margens do Rio Batista, (nome do rio qual este foi dado em homenagem a José Batista), chamado de José Martins de Oliveira, que veio juntamente com sua família e João Luis Pereira, construíram a primeira cabana às margens do Rio Pitanga, batizado anos depois como Rio Batista em sua homenagem.
No ano de 1906, pelo o que se consta, foi aberto uma estrada entre Pitanga e Campo Mourão, o qual era um caminho muito precário.
Por volta de 1916 estavam sempre chegando a Serra da Pitanga colonos e imigrantes provenientes de várias regiões do estado. Dois anos antes, em 1914, vieram do Rio dos Patos (Prudentópolis) e Palmeira, Albino Pedro Hey, Adão Schön, José Schön, João Berger e Bernardo Bassani; em 1916 de Irati; em 1917 de Prudentópolis e Teixiera Soares, em 1918 de Prudentópolis.
Manuel Mendes Camargo, comerciante em Guarapuava, abriu a primeira casa comercial em Pitanga, no ano de 1918, Generoso Walter e Nicolau Schön também possuíam casas de comércio no povoado. Cerca de duas décadas depois a esposa de Generoso Walter, Sra. Alvina Bassani Walter, especificamente no ano de 1937, foi nomeada a primeira atendente de correio na cidade de Pitanga.
O decreto nº. 418 de 15 de maio de 1922, restabeleceu o distrito policial de Pitanga.
No fim do mês de março do ano de 1923, a população que habitava a cidade de Pitanga, os índios das aldeias que povoavam a cidade começaram a invadir casa e paiós na ausência dos proprietários e depois resolveram a atacar a Pitanga. Os moradores foram avisados e decidiram fugir em carroções para a cidade de Guarapuava, ficando apenas a família de Manoel Alves Lourenço, Fernando Malko, Ataíde Ferreira, Emilio Lanzmann e Gil Vaz Camargo.
No dia 05 de abril do mesmo ano, os índios invadiram o povoado saqueando principalmente estabelecimentos comerciais, e em algumas horas depois já estavam todos bêbados, fazendo algazarra, inclusive dançando dentro da capela Sant’Ana. Manoel Lourenço, gerente da casa comercial de Generoso Walter, viu que a única solução era fugir. A família, sua mulher Geraldina grávida e seis filhos menores foram na frente, e ele atrás para garantir, mais foi alcançado pelos índios na saída do povoado onde foi morto. Sua mulher ouvindo os gritos voltou em socorro, mas foi degolada e teve o feto arrancado da barriga, e mais quatro filhos maiores foram mortos, os dois menores escaparam.
Emílio Lanzmann, Ataíde Ferreira e Fernando Malkom ao ouvir os gritos dos índios e das vítimas, acudiram em socorro, mas já era tarde de mais. Então estes foram até o povoado, deram alguns tiros nos índios que estavam na capela, mataram os líderes, mas como eram minoria, retiraram-se, e depois se separaram, tendo Emílio morto na fuga, amarrado pelos pés a uma árvore, degolado e castrado.
Dulcidio Rocha Caldeira, comerciante e delegado de polícia na Pitanga, estava vindo de Curitiba, de onde trazia ordens do chefe de polícia do estado, encontrou no meio do caminho moradores fugitivos, mas, nenhum quis voltar com ele. Acompanhado então do escritor, agrimensor e sertanista Carlos Alberto Teixeira Coelho Júnior (mais conhecido como Coelho Júnior), que deixou um relato do ocorrido, chegou ao local denominado Carazinho, onde pernoitaram na casa do colono e negociante Alberto Denega, onde Dulcídio conseguiu armar vinte homens e seguiu pelas cinco léguas em direção à Pitanga, encontraram no caminho o corpo de Emílio e mais adiante os da família de Manuel Lourenço e os dois filhinhos sobreviventes, Abel e Anita, escondidos atrás de uma tora de pinheiro; (segundo relatos as duas crianças ficaram escondidas dois dias atrás da tora). Então Dulcídio e os seus homens atacaram os índios que estavam na capela e obrigarão a retiraram-se em direção ao rio Ivaí. Dulcídio aumentou o seu grupo garantidor, que era mais de sessenta homens.
Os colonos que fugiram haviam chegado em Guarapuava, inicialmente Bernardo Bassani, mas não foi levado a serio pelas autoridades locais, o que atrasou o envio de auxilio. Só acreditaram quando chegaram as outras pessoas fugitivas nos carroções.
Aos poucos, tempo depois, os colonos foram voltando para Pitanga. Coelho Junior combinou com Dulcídio Caldeira o inicio e a organização da colônia, demarcando os lotes.
Em 07 de fevereiro de 1924 foi instituído um decreto, de nº. 128, o qual estabeleceu as terras dos índios coroado, partindo das proximidades do Salto do Ubá no Rio Ivaí, até as cabeceiras do arroio da Ariranha e daí por uma linha seca com o rumo SE 23º50’ até encontrar o rio Marrequinha, por este abaixo até a confluência do rio Ivaí, descendo este até as proximidades do Salto do Ubá, onde foram iniciadas as respectivas linhas perimétricas, que consistia em uma ares de 37.045ha.
A partir do ano de 1925 começaram a ser expedidos os títulos de terras pelo estado. Na Serra da Pitanga, Miguel Schefer e outro em 20 de maio de 1925; 335,45ha para Miguel Hulek em 5 dezembro de 1925; 541,5ha para Feliciano Antunes da Costa em 31 de março de 1927; 221,8ha para José Mendes dos Santos em 15 de dezembro de 1927; 501,98ha para Augusto Schon em 13 de fevereiro de 1928; Miguel Kolokatei em 8 de julho de 1928; 228,6ha para Eduardo Janinski em 31 de dezembro de 1928. Na Borboleta: 1.165,83ha para Albino Pedro Hey e Gustavo Inácio Hey de 31 de agosto de 1925, entre outros.
No ano de 1930 o tenente Lima Figueiredo passou por Pitanga, dizendo que era um povoado com cerca de umas vinte casas espalhadas assimetricamente e que a importância de Pitanga residia na quantidade formidável de erva mate que produzia.
Em 15 de dezembro de 1933 foi criada a Paróquia de Pitanga sob a invocação de Sant’Ana. Padre Paulo Tschorn veio a cavalo de Guarapuava para rezar missa em ação de graças pela criação da dita Paróquia. O primeiro batizado registrado em Pitanga foi em 02 de maio de 1934, ocorrido no oratório de Marrequinha.
No dia 30 de dezembro de 1943, através da lei nº 199, Pitanga foi elevada à categoria de município com o território dos distritos de Pitanga, Campo Mourão, parte de Goioxim e Catanduvas do Município de Guarapuava; pela mesma lei foi elevada no termo e comarca. A instalação do município deu-se a 1º de janeiro de 1944 e a da comarca em 19 de abril de 1944.
Hoje celebramos seu aniversário em 28 de janeiro.

Nossa história

Hoje conhecemos um vasto acervo de histórias contadas sobre a colonização e a chegada dos primeiros imigrantes de Pitanga.
Uma em particular, contado por alguns historiadores descreve que primeiramente a região de Pitanga, tornou-se célebre, por volta de 1923, pelos sucessos ocorridos dos índios kainguangues, que foram coroados habitantes da região.
Em relatos de Coelho Júnior, em 1923, no diário Campos, este articulou as seguintes palavras sobre o fato: “Triste é o espetáculo que nos apresenta essa riquíssima região, que é a Serra de Pitanga. Ao recordarmos que por aqui passamos, quando isto era uma povoação florescente, cheia de nacionais e estrangeiros a cultivar a terra, colher os imensos ervais, e ao erguer pitorescas vivendas, num animador impulso de progresso- fica-se deslocado, ao deparara-se com o abandono motivado, não resta dúvidas, - descanso pela inspetoria dos índios kainguangues”.
Possuíam os índios, cerca de cinco mil alqueires de terra, a margem direita do Rio Ivaí, e o Estado com a margem esquerda do rio.
Incide-se que estas terras não eram bem demarcadas, e por este fato, Dr. Maria José de Paula mandou um memorial para os índios, equivocamente dizendo que as terras habitadas pelos brancos eram dos índios, garantindo-lhes pela lei nº. 820 de 1908 do Estado do Paraná, que as terras dos brancos eram deles.
Assim os índios pensaram que possuíam 60 mil alqueires de terra, em vez de apenas 5 mil alqueires, e julgaram-se no direito de tomar posse das terras, e assim, começou a revolta.
Históricos relatam que, alguns da população apavorados com o massacre sangrento, reuniram-se na casa de Pedro Mendes, e de lá, podiam ver a fulminante fúria dos índios. Assim, diante aos massacres que aconteceram com variadas famílias, e pessoas de honra, que a população da época, resolveram tirar a vida dos índios, mais de nenhuma criança índia, como acontecera com os moradores assaltados.

PITANGA: De onde vem esse nome???



Há inúmeras controversias sobre a naturalidade do nome de Pitanga. Da origem Tupi, Pitanga quer dizer “fruto vermelho da pitangueira”, mas, hoje ter certeza sobre o porquê do batismo do nome, é ainda uma coisa muito ambígua.
Temos conhecimentos de muitas lendas e histórias repassadas de geração a geração, da pequena cidade de Pitanga. Uma das mais célebres, é a de que alguns colonos que se assentavam para descançar, onde hoje se localiza o cemitério municipal da cidade, quando chegavam a este local, avistavam ao longe, três grandes pitangueiras. Em conclusão, em meio a tantas lendas, não podemos dizer ao certo a qual está mais ou menos correta.
Apesar de em 1844 já haviam pessoas chegados nestas terras, em meados de 1900, na chegada dos primeiros colonos, a região era habitada por nativos índios, de inúmeras tribos. Estes viviam e nutriam-se de trabalhos comunitários, isto é, todos trabalhavam para o sustento de todos. Nas aldeias, viviam aproximadamente 600 índios, não passava disso, pois se a classe de índios fosse muito grande, conseqüentemente a tribo teria demasiados problemas.
Pois bem, imaginemos agora, uma tribo de índios, que podemos abonar, que nunca tivera visto a face do homem branco, sendo atacadas por colonos imigrantes...
Muitos relatos afirmam que os primeiros homens a pisarem em terras de pitanguenses, eram perdedores da Revolução Federalista de 1894, outros bandidos fugitivos e desertores da Guerra do Paraguaí, o que nos dá um caráter um tanto quanto funesto. Apesar disso, e se realmente for autêntico, têm-se conhecimento que logo depois, em conseqüência a primeira Guerra Mundial, muitos imigrantes vieram em embarcações clandestinas, procurando apenas uma terra aconchegante para se abastecer e sustentar sua família.
Em meados de 1940, já se tinham registros, de que a população era de aproximadamente 13000 habitantes, e ainda tinha-se arquivado cerca de 2000 registros de nascidos na cidade. Assim, a cidade crescia rapidamente, e desde então, a disputa comercial só tendeu a aumentar.
Gozamos hoje de relatos, sobre a exportação de varas de porcos para Ponta Grossa na época, que chegavam a pesar cerca de 90 kg, 120 kg, e até 130 kg, e que estes eram levados por colonos a lombo de cavalos, e chegavam a ser transportados, por viagem, cerca de 500 porcos.
A cidade de Pitanga, podemos dizer que nunca foi uma cidade opulenta, certamente não em bens e riquezas, mas, rica em termos de pessoas que lutaram, e fizeram com suas próprias mãos, a história, e a cidade de Pitanga.
Certamente, para que um homem faça parte da história de sua cidade, não é necessário contribuir com numerários, mas sim, com seu caráter e força de vontade, relevante ao desenvolvimento da cidade.
Muitos certamente, hoje estão perdidos na história, a qual não se têm conhecimento. Muitos que tiveram sua honra travada, porque um dia com suas próprias mãos edificou uma escola, uma rua, uma igreja, uma casa, ou até mesmo plantou uma pequena árvore, e fez sem ao menos pensar, sua parte para o crescimento de Pitanga.
Se hoje, muitas vezes falamos que as coisas vão ruins, que o comércio não está bem, ou a evasão está grande por falta de emprego, deveríamos primeiramente pensar, nos que um dia travaram batalhas sofridas, para que hoje pudéssemos ter uma vida melhor, e mais confortável.
Sim, sofrida, podemos dizer, que a vida dos tropeiros era muito difícil, pois a realidade daquele momento, não lhes trazia muita comodidade.
Relatos nos indicam que para fazer uma viagem, por exemplo, a Ponta Grossa, levava-se cerca de 30 dias. Ou ainda, que a energia elétrica, se tornou melhor e mais eficaz somente depois da vinda da COPEL, muitos e muitos anos após a colonização da cidade.
Não diferente de muitas outras cidades do Paraná, e do Brasil, Pitanga teve em sua colonização uma grande miscigenação de raças e nacionalidades. Foram, aos poucos chegando alemães, franceses, ucranianos, poloneses, entre outros. Por este fato, hoje, podemos explicar as diversidade cultural de nossa cidade, com danças, comidas, músicas e arquiteturas variadas.
A edificação da cidade iniciou-se em meados dos anos de 1900, mas esta só foi municipalizada no ano de 1944, exatamente no dia 28 de janeiro.
Hoje, qualquer cidadão pitanguense, como qualquer cidadão brasileiro, porventura tem um pensamento de que “a cidade pode melhorar”, ou ainda que “pior do que está não pode ficar”. Cada um pensa da maneira que lhe convém, porém, o real fato é que depois que Pitanga foi municipalizada as coisas mudaram muito, e para melhor.
Agora, com 64 anos, Pitanga goza de muitas coisas de boa qualidade, que só vieram trazer lucros e benefícios para a cidade e para seus moradores.
Temos hoje uma rede elétrica, uma rede de encanamento d’água, uma de esgoto, as quais moradores daquela época não dispuseram. Temos fábricas, uma agricultura lucrativa, uma pecuária produtiva que possui meios mais eficazes diante as tecnologias. Temos cerca de 673 empresas registradas, entre elas 09 agropecuárias, 3 indústrias extrativistas, 94 indústrias de transformação, 388 comércios e similares, 36 alojamentos e alimentação, 20 empresas de transportes de armazenagem e comunicação, cerca de 3 financeiras, 28 imobiliárias e serviços, 2 empresas de vigilância e segurança pública, 7 escolas urbanas, 11 empresas de saúde e de serviços sociais, e 57 empresas de outras áreas diversificadas. No setor agropecuário temos cerca de 4173 estabelecimentos, que utilizam cerca de 4897 ha para lavouras, 57808 ha com pastagens, 27874 ha com matas, sendo que são produzido uma média de 74791 de bovinos, 52004 de suínos, e cerca de 156270 de ovinos por ano.
Temos cerca de 9081 domicílios em Pitanga, entre estes 4400 urbanos e 4612 rurais. Além disso, dispomos de 01 hospital, 128 leitos hospitalares, 19 unidades ambulatórias, 13 consultórios médicos, 01 posto de assistência medica, e 01 unidade hospitalar para gerais.
Assim, podemos dizer que Pitanga, a cada ano que passa dá um salto no desenvolvimento. Acreditamos no desenvolvimento da cidade, bem como, na volta de seus antigos moradores, por motivo de segurança entre outras coisas.






Por direitos autorais para fazer uso deste texto, utilize a seguinte referencia: FOLQUENIM. S. PITANGA: De onde vem esse nome??? Retirado do site: http://senifolk.blogspot.com/. Acesso em: dia/mês/ano.